As escolas de samba saíram da mesmice das mulheres “padrão” e estão pluralizando no carnaval.

Há tempos atras, era raro (ou impossível) ver uma mulher gordinha desfilando como passista, os pré-requisitos eram extensos e apenas as mais “magrinhas” ou “gostosas” poderiam desfilar na ala.

Em entrevista com a profissional de educação física e passista da Unidos de Bangu, Anna Ferreira, nos contou que apesar de achar que a vida saudável ser muito além de um corpo bonito, já sofreu bastante preconceito por não estar tão dentro dos padrões carnavalescos. Mesmo que as palavras venham para ofender, a gata não se ofende em nada e leva a vida numa boa, super satisfeita com seu corpo.

Foto/Reprodução: Instagram: @ferreira4nna

Em contra partida, o outro lado “fora do padrão” são mulheres muito magras, que também sofrem preconceito com seus corpos pela falta de musculo ou silhueta. Em entrevista, Rahyssa, também passista da Unidos de Bangu, nos contou que já ouviu diversas coisas como “precisa de uma academia”, “uma alimentação melhor você encorparia mais” ou “não tem corpo para ser passista”.

foto/reprodução: Instagram: @eu_rahyssacamila

Eu ouço muita coisa ainda, as pessoas acham que passista tem que ser padrão, visam muito corpo. Até hoje isso me incomoda muito né por quê querendo ou não mexe muito com autoestima, e as pessoas não visam somente a dança que você quer mostrar e transmitir energia e sim beleza e principalmente corpo

O preconceito sobre os corpos no carnaval são maiores do que imaginamos, e quando se olha por fora da bolha vê o quão importante é e diversificado são os tipos de preconceitos ainda existente no carnaval. Ações de inclusão e embelezamento dos corpos como feito pela Unidos de Bangu, são extremamente importante para mudança de visão da sociedade e para mulheres com corpos parecidos se aceitarem e mudarem a visão sobre si mesma

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